quinta-feira, 3 de julho de 2014

DIABETES MELLITUS

Segundo a ADA (sociedade americana de diabetes), o diabetes mellitus ou tipo 2 é tido hoje como uma das principais ameaças à saúde humana no século XXI. Para se ter uma ideia, nas últimas três décadas, ocorreu um explosivo aumento de número de pessoas diagnosticada com diabetes tipo 2.  O motivo é a enormes mudanças no ambiente, comportamento e estilo de vida dos seres humanos que acompanham a globalização, por exemplo, nos países em desenvolvimentos, a geração de emprego criam novas oportunidades de trabalhos e com isso acabam aumentando o acesso de forma constante na utilização de alimentos refinados. Outros fatos que devem serem levados em considerações, são a falta de conscientização sobre os risco que os alimentos industrializados podem fazer com a saúde e de uma política que atentem aos aspectos educacionais como ensino nutricionais e atividades físicas nas escolas.

Primeiramente, o diabetes reduz a expectativa de vida em 5-10 anos e aumenta o risco de doença arterial coronária (DAC) em 2-4 vezes. No Brasil a expectativa de vida é em média de 74 - 80 anos. Para o diabetes, estima-se uma perspectiva de 64-70 anos!  
No entanto, essa concepção de longevidade muda para um portador de diabetes mellitus (DM) praticante de atividade física, pois existem evidências consistentes dos efeitos benéficos do exercício na prevenção e no tratamento do DM. O exercício atua na prevenção do DM, principalmente nos grupos de maior risco, como os obesos e os familiares de diabéticos. Segundo Colberg (2003), a prática regular de atividade física, pelo menos 4 horas semanais, em intensidade moderada a alta, diminui em média 70% a incidência de diabetes em relação a indivíduos sedentários. Percebe-se que programas de exercícios físicos têm demonstrado eficiência no controle glicêmico, melhoramento a sensibilidade a insulina e a tolerância a glicose com consequente diminuição da glicemia.
             É importante lembrar que o portador de DM apresentam menor condição aeróbia, menos força muscular e menos flexibilidade do que seus pares da mesma idade e sexo sem doença. No tratamento do diabetes podemos destacar que o exercício físico é um importante aliado, atuando sobre o controle glicêmico e sobre outros fatores de comorbidade (duas ou mais doenças que predispõem o paciente a desenvolver outras doenças), como a hipertensão e  a dislipidemia, reduzindo o risco cardiovascular.
O tipo de exercício, para que o exercício prescrito seja seguro, primeiramente deve buscar orientações médica, sabe-se que o diabetes apresenta diferentes situações agudas ou crônicas da doença como retinopatia não proliferativa de diferente graus, neuropatia periférica, neuropatia autônoma, hiperglicemia e hipoglicemia. E buscar orientação de um professor de educação física para selecionar o tipo de exercício, frequência do exercício, duração do exercício, intensidade, etc. Respeitando a particularidade que se encontra o paciente portador de diabetes mellitus.
Precauções importante durante a prática de exercício físico para o diabetes.
Considere que um indivíduo diabético que não averiguou a glicemia inicie um exercício como aeróbio de intensidade moderada (40% a 60% do consumo de oxigênio máximo) e durante uns 30 minutos de exercício o diabético apresenta sinais como suor excessivo, palidez, fome, visão tufa e tontura. O professor ao perceber, pede ao indivíduo parar o exercício sentar numa cadeira em um local ventilado e minutos depois afere sua pressão arterial e a glicemia capilar. Sua pressão arterial apresentou 120 / 85 mmHg normal, mas a glicemia apresentava valores abaixo do normal 65 mg/dl, quadro de hipoglicemia induzido por exercício. O professor segue os critérios de rejeição a atividade física e impede que seu aluno continue o exercício mesmo com sua insistência. Nessa ocasião, deve-se estabelecer alimentação orientada por um nutricionista ou pelo médico.
Portanto, averiguar a glicemia é fundamental para a prescrição de programas de exercício para o portador de diabetes e cabe ao profissional de educação física e ao aluno conhecerem bem esses sinais e sintomas, sendo imprescindível o trabalho multidisciplinar.


Att,
Wallisom Gomes, cursando 4 período de educação física – UFPA
Atualmente, estagia em academia de musculação.

Referências bibliográficas:
SILVA, Carlos A. da e LIMA, Walter C. Efeito Benéfico do Exercício Físico no Controle Metabólico do Diabetes Mellitus Tipo 2 à Curto Prazo. Arq Bras Endocrinol Metab, vol. 46, 2002.

CAMPOREZ, J. P. G, et al; Lipídio, patologia associadas e exercício: diabetes e dislipidemia. In: LIMA, Waldecir P. (org.). Lipídios e exercício: aspectos fisiológico e do treinamento. São Paulo: Phorte, 2009.

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