Quando chega o dia de malhar o
peitoral logo pensamos em separar as seções ou cabeças dos músculos para ter
uma noção das regiões estimuladas (trabalhadas). Temos a impressão que ao
selecionar supino declinado estaríamos estimulando o peitoral menor, mas na
verdade os estímulos desse exercício são gerados para o peitoral maior.
Tentarei esclarecer de maneira mais simples possível. Antes de começar, e
importante conhecermos os aspectos anatômicos do músculo peitoral e, sua origem
e inervação.
Anatomia torácica. Figura 1 |
Vamos
entender isso. Seguindo os princípios anatômicos, a musculatura do peitoral é
divido em dois segmentos Músculo peitoral maior (1) e Músculo peitoral menor (2)
[fig. 1]. O músculo peitoral maior (1) é o mais superficial tem forma de leque
e apresenta duas seções, ou cabeças: superior e inferior. A seção superior tem
origem na clavícula, chamada também de peitoral maior – parte clavicular, e a seção inferior tem origem no esterno
(peitoral maior – parte esternocostal).
As duas seções conectam-se em um único tendão no osso do úmero.
Quanto
ao peitoral menor (2) tem forma de triângulo, semelhante ao triangulo escaleno,
origina-se da 2° a 5° costela e se insere na escapula, situa-se por baixo do
peitoral maior não visível. Além disso, apresenta pouca funcionalidade como
ação depressão do ombro. Por exemplo,
no supino declinado [fig. 2] as regiões estimuladas são o músc. peitoral
maior parte esternocostal e outros sinérgicos como deltóide anterior parte
clavicular, serrátil anterior e tríceps braquial
Na
figura 2, demonstra análise de ativação muscular mediante da captação de
estímulo elétrico envidado pelo sistema nervoso central pela via motora eferente.
Essa técnica eletromiografia EMG é a mais aceita na comunidade cientifica para
análise da função muscular. Cabe salientar que EMG é apenas um estudo parcial e
necessita complementar com outros estudos de treinamento de força. De acordo com
os análises cinesiológicos e biomecânicos, durante a execução do supino
(declinado, reto, inclinado) são envolvido três articulações: ombro, cintura
escapular e cotovelo sendo que cada articulação tem sua própria variação de movimento [fig.3].
Articulações envolvidas durante exercício supino. Figura 3. |
Durante
a execução do supino declinado, as regiões do músculo peitoral menor não são estimuladas
significativamente. Mas tendo como músculo alvo peitoral maior parte
esternocostal. Apesar de ser um músculo profundo com funcionalidade reduzida, é
bastante resistente e contribui para a coordenação e equilíbrio durante a
execução do supino.
O
exercício supino declinado no aparelho
com ângulo agudo 30 a 45° é interessante (demonstrado na fig. 2), pois permitem
durante a execução do movimento mais estabilidade e segurança. Tendo como
ênfase o músculo peitoral maior – esternocostal apresenta também amplitude de
movimento diminuído em relação aos demais supinos (reto, inclinado), permitindo
usos de pesos elevados.
Foi esclarecido sobre os aspectos anatômico da
região do peitoral, agora estamos cientes que o músculo peitoral esternocostal se refere ao peitoral MAIOR e
durante a execução do supino declinado, estamos gerando estimulo tensivo para
está região.
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