sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Peitoral menor VS Peitoral maior – parte esternocostal

          Quando chega o dia de malhar o peitoral logo pensamos em separar as seções ou cabeças dos músculos para ter uma noção das regiões estimuladas (trabalhadas). Temos a impressão que ao selecionar supino declinado estaríamos estimulando o peitoral menor, mas na verdade os estímulos desse exercício são gerados para o peitoral maior. Tentarei esclarecer de maneira mais simples possível. Antes de começar, e importante conhecermos os aspectos anatômicos do músculo peitoral e, sua origem e inervação. 
Anatomia torácica. Figura 1
Vamos entender isso. Seguindo os princípios anatômicos, a musculatura do peitoral é divido em dois segmentos Músculo peitoral maior (1) e Músculo peitoral menor (2) [fig. 1]. O músculo peitoral maior (1) é o mais superficial tem forma de leque e apresenta duas seções, ou cabeças: superior e inferior. A seção superior tem origem na clavícula, chamada também de peitoral maior – parte clavicular, e a seção inferior tem origem no esterno (peitoral maior – parte esternocostal). As duas seções conectam-se em um único tendão no osso do úmero.
Quanto ao peitoral menor (2) tem forma de triângulo, semelhante ao triangulo escaleno, origina-se da 2° a 5° costela e se insere na escapula, situa-se por baixo do peitoral maior não visível. Além disso, apresenta pouca funcionalidade como ação depressão do ombro. Por exemplo, no supino declinado [fig. 2] as regiões estimuladas são o músc.  peitoral maior parte esternocostal e outros sinérgicos como deltóide anterior parte clavicular, serrátil anterior e tríceps braquial                  
  •   Supino declinado
    Supino declinado. LIMA E SILVEIRA, p.27; 2006. Figura 2. 

Na figura 2, demonstra análise de ativação muscular mediante da captação de estímulo elétrico envidado pelo sistema nervoso central pela via motora eferente. Essa técnica eletromiografia EMG é a mais aceita na comunidade cientifica para análise da função muscular. Cabe salientar que EMG é apenas um estudo parcial e necessita complementar com outros estudos de treinamento de força. De acordo com os análises cinesiológicos e biomecânicos, durante a execução do supino (declinado, reto, inclinado) são envolvido três articulações: ombro, cintura escapular e cotovelo sendo que cada articulação tem sua própria  variação de movimento [fig.3].
Articulações envolvidas durante exercício supino. Figura 3.
Durante a execução do supino declinado, as regiões do músculo peitoral menor não são estimuladas significativamente. Mas tendo como músculo alvo peitoral maior parte esternocostal. Apesar de ser um músculo profundo com funcionalidade reduzida, é bastante resistente e contribui para a coordenação e equilíbrio durante a execução do supino.
O exercício supino declinado no aparelho com ângulo agudo 30 a 45° é interessante (demonstrado na fig. 2), pois permitem durante a execução do movimento mais estabilidade e segurança. Tendo como ênfase o músculo peitoral maior – esternocostal apresenta também amplitude de movimento diminuído em relação aos demais supinos (reto, inclinado), permitindo usos de pesos elevados.
  • Conclusão

 Foi esclarecido sobre os aspectos anatômico da região do peitoral, agora estamos cientes que o músculo peitoral esternocostal se refere ao peitoral MAIOR e durante a execução do supino declinado, estamos gerando estimulo tensivo para está região.  

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