sábado, 4 de janeiro de 2014

A fisiologia da pressão arterial durante o exercício físico


Olá pessoal, gostaria de mostrar pra vocês como o processo fisiológico da pressão arterial (PA) durante o exercício físico é de extrema importância. Todavia, esse assunto é interessante para quem já tem conhecimento prévio em fisiologia e neuro anatomia ou em neuro fisiologia clínica. O exercício físico é classificado como um agente que traz grandes benefícios para saúde. Porém, surge uma pergunta nesse lema: o que acontece com a PA durante os exercícios físico?
Para compreendermos, precisamos saber que a  PA é estável, ou seja, sofre mudança o tempo todo e nos vasos existem importantes inervações com o sistema nervoso central (SNC) em especial com a região do tronco encefálico (o SNC não envia informações diretamente para os vaso, as informações necessita sair pela via eferente ou descendente e chegarem nas regiões inervadas por nervos periféricos).
Na região encefálica, entre a ponte e bulbo, está localizado 5 nódulos que compõem os centro vaso motor em que suas principais atividade são vasoconstrição, vasodilatação e o cardioinibidor.

Região do tronco encefálico onde estão localizado os 5 nódulos  
 
Mas afinal, o que acontece com a PA durante o exercício físico, a resposta é simples ocorre um acréscimo de 10 mmHg ou mais da PA dependendo da intensidade do exercício estabelecida pelo professor.
  
Aferição da pressão por meio do esfigmomanômetro ( existem vários tipos de critérios e modelos  para seguir na aferição, no entanto, é possível aferir sem a utilização do estetoscópio como na imagem em cima).
Tecnicamente falando, durante o exercício ocorre estímulos na região posterior do hipotálamo – o hipotálamo é um componente do sistema nervoso central (SNC) formado por vários núcleos – esses estímulos enviam informações eferentes (aumento da excitabilidade) para o sistema nervoso autônomo (SNA) ou vegetativo direto para as fibras nervosas simpáticas (lembre-se, o SNA é subdividido em simpático e parassimpático, ambos são involuntários). Com o aumento da excitabilidade das fibras nervosa simpáticas, ocorre a ativação vasoconstritora na qual aumenta a resistência nos vasos, visto que a vasoconstrição diminui o diâmetro do calibre do vaso, e, a partir disso, aumenta a expansão do fluxo sanguíneo nos vasos (complacência arterial) e o aumento da demanda de oxigênio, nesse caso a ventilação pulmonar alveolar passa a aumentar a capitação do oxigênio para suprir ainda mais oxigênio.
  
Durante a complacência arterial, a parede do vaso sanguíneo sofre grandes forças tensivas (força centrífugo) por esse motivo ocorre o estiramento dos vasos acionados pelos barroreceptores – são receptores com grande sensibilidade ao estiramento da artéria no qual enviam informações aferentes para o tronco encéfalo excitando o vasodilatador que inibe as atividades vasoconstritoras, a pressão arterial é reduzida. Sem esse mecanismo (barroreceptores) não teria um controle eficiente sobre a pressão arterial e consequentemente aumentaria descontroladamente a pressão arterial (hipertensão) e a frequência cardíaca (taquicardia).


Os principais Barorreceptores e a região do Nervo Vago
Por Wallisom Gomes, cursando Educação Física pela UFPA e integrante de pesquisa extensão: liga da obesidade. UFPA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário