Janela
aberta de susceptibilidade à infecção após exercício agudo
Fico
muito feliz em saber quando qualquer indivíduo decide tomar iniciativa em
praticar exercício físico. No entanto, ao começar alguma prática como atividade cíclica (corrida, natação, ciclismo, remo, etc.) ou em academia (HIIT, por exemplo), os praticante iniciante ou aqueles que se encontram inativos/parados há mais de
meses ou anos ( cito também os estudantes que preferem se exercitarem nas
férias) e os que não se conscientizam dos riscos das práticas de exercícios realizados excessivamente, haveria possibilidades de apresentar algum quadro infeccioso após
exercício como resfriado, gripe, dor na garganta, crise de sinusite ou rinite
alérgica. De acordo com Nieman e Pedersen(1999), as crises
começam a ocorrer durante 1°- 2° semanas pós exercícios, estas infecções tem
influência com a “janela aberta” que é
caracterizada pela supressão da função
imunológica induzida pelas reações transitórias após o estresse de exercício físico agudo. Será discutido a susceptibilidade
à infecção e as influências nutricionais.
A
teoria de “janela aberta” é caracterizada pela supressão de curto prazo do
sistema imunológico após de uma sessão aguda de exercício inclusive de
resistência (endurance) – corrida de 4 - 10 km ou Maratona 42km aproximadamente.
Segundo Nieman (1999), durante
esta 'janela aberta' de imunidade alterada (que pode durar entre 3 e 72 horas, dependendo do parâmetro
medido), os vírus e as bactérias podem ganhar uma posição, aumentando o risco
de infecção subclínica e clínica.O
estudo de Kakanis (2010) cita que, a janela aberta é uma verdadeira
oportunidade de permitir um aumento da disposição particular à doença do trato respiratório superior dos praticantes
de exercício de resistência. Ele descreve que muito estudos têm indicado
diminuição da função imune em resposta ao exercício. O fato interessante de sua
pesquisa é que indica alteração na função imune após duas horas,
ressaltando que, poucos estudos indicam alteração imune passando de duas horas
após exercícios.
Kakanis
(2010), analisou os números de células imunológicas a partir de amostra coletada
em 7 etapas: pré, pós-imediato, 2 horas,
4 horas, 6 horas, 8 horas e 24 horas pós o exercício.
Revelou
um aumento significativo das células
eosinófilos que são células sanguíneas
responsáveis pela defesa ou imunidade do organismo juntamente com outros
tipos de células sanguínea glóbulos brancos (leucócitos) e supressão (
diminuição) das células natural Killers’
(NK), todos produzidos na medula óssea. NK faz parte de uma
defesa imediata do corpo, exemplo, age contra infecções virais.
Considerações
finais
Este
é o primeiro estudo a mostrar mudanças em variáveis imunológicas até 8 horas pós exercícios. Os autores
conclui que a supressão do curto prazo do sistema imunológico pode ser um fator
no aumento da taxa de infecção do trato respiratório superior em resposta ao
treinamento regular de endurance intenso.
As influências da suplementação
nutricionais
Nieman
e Pedersen(1999) citam no seu trabalho de Exercício e função imunológica a
influência do uso de suplementação de zinco, vitamina C, glutamina e
carboidratos pelo fato de estarem recebendo muita atenção, porém ainda não
conclusivo. Os resultados mais impressionantes foram relatados na ingestão de
carboidratos. O estudo com ingestão de
carboidratos revelou a diminuição a susceptibilidade a imunossupressão de
infecções no período de recuperação após o exercício extenuante(NIEMAN e
PEDERSEN,1999).
ATENÇÃO: As
informações a respeito de saúde, nutrição e exercícios deste assunto não
substituem a orientação médica, nutricionais e do profissional de Educação
Física. Nem podem ser usada como prevenção!
Att,
Wallisom
Gomes, cursando o 5° período do curso de
Educação Física – UFPA/Castanhal.
Monitor
de Neuroanatomia.
Referências:
KAKANIS, M.W.et al. The open
windowofsusceptibilitytoinfectionafteracuteexercise in healthyyoung male elite
athletes.ExercImmunolRev: 2010;
16: 119-37. <>.Acesso em: 27 Ago. 2014.
NIEMAN
D.C, Pedersen BK. Exerciseandimmunefunction.
Recentdevelopments. Sports Med: 1999
Feb;27(2):73-80. <>.Acesso
em: 16 jul. 2014.
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